Na última semana, a Dra. Rasha Alaweih, uma médica especialista em transplante de rins, foi detida no Aeroporto Internacional Logan, em Boston, e deportada para o Líbano, apesar de uma decisão judicial que determinava sua permanência nos Estados Unidos até que um habeas corpus sobre seu caso fosse analisado. A Dra. Rasha, que é vinculada à Escola de Medicina da Universidade Brown, em Providence, Rhode Island, foi alvo de um processo que gerou repercussão, especialmente pela contrariedade ao veredicto judicial.

A médica, que possuía passaporte e visto válidos até 2027, foi abordada pelas autoridades imigratórias na sexta-feira, 14 de março, quando se preparava para embarcar. De acordo com advogados que representam Rasha, ela estava legalmente autorizada a permanecer no país. Um juiz federal, Leo Sorokin, havia emitido uma ordem para que o governo a mantivesse em Boston, a fim de ouvir um habeas corpus relacionado à situação dela.

Após sua detenção, a família de Rasha entrou com um pedido de liminar de 48 horas para garantir sua permanência no país até que o caso fosse devidamente julgado. Contudo, mesmo com essa solicitação, a médica foi deportada, o que gerou grande indignação entre seus colegas e advogados.

Na segunda-feira, 17 de março, o juiz Sorokin expressou preocupação com o que chamou de “alegações de violação da ordem judicial”, que foram formalmente apresentadas por um advogado sob juramento. Sorokin determinou que o governo Trump se manifestasse oficialmente sobre o ocorrido, apresentando uma justificativa legal para a deportação da médica.

Como resposta a essa situação, colegas de trabalho e apoiadores de Rasha Alaweih se reuniram para um protesto em sua defesa, marcado para as 18h desta segunda-feira na Brown University. O protesto visa chamar a atenção para o caso, que levanta questões sobre a aplicação da lei de imigração e os direitos dos profissionais estrangeiros que contribuem com o sistema de saúde dos Estados Unidos.