Entre os dias 4 e 10 de maio, o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) conduziu uma operação de grande escala na região de Houston, Texas, que resultou na deportação de 528 pessoas e na prisão de outras 422. Segundo comunicado oficial, 296 dos detidos possuíam antecedentes criminais, incluindo crimes como homicídio, exploração sexual de menores e agressão agravada. A ação contou com o apoio de diversas agências federais e estaduais, como o FBI, a DEA, os U.S. Marshals e o Departamento de Segurança Pública do Texas.

De acordo com o ICE, o objetivo da operação foi reforçar a segurança pública e acelerar o cumprimento de ordens finais de remoção. A agência informou que muitos dos imigrantes detidos foram levados a pontos estratégicos na fronteira sul, onde foram processados e deportados em até 72 horas após a prisão, reduzindo, segundo o órgão, os custos com detenções prolongadas.

Apesar da justificativa oficial, a operação gerou críticas por parte de organizações de defesa dos direitos dos imigrantes. Representantes desses grupos afirmam que ações amplas como essa podem afetar pessoas sem antecedentes criminais ou que não representam ameaça à segurança. Vanessa Cárdenas, diretora da organização America’s Voice, destacou que a retórica adotada pelo governo pode contribuir para a estigmatização de comunidades inteiras. “A maioria dos imigrantes está aqui legalmente ou busca uma vida melhor, contribuindo para a sociedade”, declarou.