Uma tragédia chocou a comunidade de Gainesville, no Texas, após uma menina de 11 anos, Jocelynn Rojo Carranza, tirar a própria vida depois de sofrer bullying intenso na escola. Segundo informações da Univision, a estudante da Gainesville Intermediate School vinha sendo alvo de perseguições constantes de colegas de classe, que ameaçavam chamar o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA) para deportar sua família.

Jocelynn faleceu no dia 8 de fevereiro, após passar cinco dias internada em um hospital. Sua mãe, Marbella Carranza, revelou que a filha já vinha demonstrando sinais de desespero devido às agressões verbais e ameaças recebidas na escola. A família destacou que a menina estava frequentando sessões com um conselheiro escolar, mas as intimidações não cessaram.

O caso ocorre em um momento de crescente tensão nas políticas imigratórias nos EUA, com o ICE intensificando suas operações. Para muitas famílias imigrantes, o medo da deportação já é uma realidade constante, e situações como essa reforçam o impacto psicológico que tais ameaças podem causar, especialmente em crianças.

O distrito escolar de Gainesville emitiu uma nota mencionando seu código de combate ao bullying, mas sem reconhecer a gravidade do caso específico de Jocelynn. A falta de uma resposta mais contundente levanta questionamentos sobre as medidas adotadas para proteger estudantes vulneráveis contra a perseguição escolar.

A morte de Jocelynn gerou uma onda de comoção e indignação, reacendendo debates sobre a segurança e o bem-estar de crianças em comunidades imigrantes. Grupos de direitos humanos e ativistas estão cobrando ações mais eficazes para evitar que tragédias como essa se repitam.

O caso segue sendo investigado, enquanto a família e a comunidade lamentam a perda precoce da menina. A história de Jocelynn reforça a necessidade urgente de políticas mais rigorosas contra o bullying e um suporte efetivo para estudantes em situação de vulnerabilidade.