As Forças Armadas dos Estados Unidos anunciaram uma nova política que proíbe o alistamento de pessoas transgênero e suspende procedimentos relacionados à transição de gênero. A decisão foi comunicada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, em um memorando que segue um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump.
Hegseth informou que a proibição se aplica a novos recrutas com histórico de disforia de gênero e que procedimentos médicos para transição serão interrompidos. No entanto, ele garantiu que os militares trans já em serviço serão tratados com dignidade e respeito, apesar das novas restrições.
Impacto e reações
Estima-se que até 15 mil militares transgênero estejam atualmente no serviço ativo, segundo defensores dos direitos humanos. Entretanto, autoridades militares indicam que esse número pode ser significativamente menor, na casa dos milhares.
Uma pesquisa realizada pela Gallup revelou que o apoio da população americana à presença de pessoas transgênero nas Forças Armadas caiu de 71% em 2019 para 58% atualmente.
Desdobramentos legais
Recentemente, um juiz federal solicitou ao governo que garantisse a permanência de seis militares que processaram a administração para contestar o decreto de Trump. Além disso, organizações de direitos civis pediram uma ordem de restrição temporária após a militar trans Miriam Perelson relatar que foi obrigada a deixar a área de descanso das tropas femininas e impedida de utilizar banheiros destinados a mulheres.