A Polícia Federal da Argentina realizou uma operação que resultou na apreensão de um vasto arsenal de armas nazistas e itens relacionados ao regime de Adolf Hitler. A ação aconteceu na cidade de Quilmes, na região de Buenos Aires, e levou à prisão de um homem cuja identidade não foi divulgada. As autoridades anunciaram o caso nesta sexta-feira (15).
Durante a operação, foram encontrados mais de 60 armamentos de fogo, incluindo 43 rifles estampados com marcas da águia nazista, 15 pistolas, cinco baionetas e uma metralhadora. Além das armas, a polícia confiscou bandeiras nazistas, uniformes militares, chapéus, capacetes e bustos de Hitler, todos decorados com símbolos do regime nazista.
A investigação contou com o apoio de especialistas do Museu do Holocausto de Buenos Aires, que auxiliaram na identificação e catalogação dos objetos apreendidos. A operação foi realizada com base na lei nacional antidiscriminação, que busca coibir manifestações de ideologias extremistas no país.
Investigação internacional
Segundo o relatório policial, o homem estava sob vigilância desde que realizou viagens internacionais e se tornou alvo de uma investigação da polícia federal da Bósnia e Herzegovina. A apreensão em Quilmes reforça a preocupação com a circulação de objetos ligados a ideologias extremistas na Argentina, país que já serviu de refúgio para oficiais nazistas após a Segunda Guerra Mundial.
A Argentina, historicamente, abrigou figuras notórias do regime nazista, como Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, que viveu no país até ser capturado por agentes israelenses em 1960.
Histórico de casos similares
No ano passado, as autoridades locais invadiram e fecharam uma livraria em Buenos Aires que vendia livros promovendo ideologias nazistas pela internet. A apreensão desta semana é mais um episódio que demonstra a continuidade de esforços para combater a presença de símbolos nazistas no país.
O caso segue sob investigação, e o homem detido pode enfrentar acusações que incluem a posse ilegal de armas e a violação de leis antidiscriminação. As autoridades destacaram que essa ação é parte de um esforço mais amplo para prevenir a disseminação de ideologias de ódio na Argentina.