O presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um severo ultimato aos Estados Unidos e à Europa, exigindo que a Otan não autorize o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia contra alvos dentro do território russo. Putin declarou que qualquer ação nesse sentido seria considerada um envolvimento direto das potências ocidentais no conflito, o que levaria a uma mudança significativa na natureza da guerra. Ele prometeu que a Rússia tomaria as “medidas apropriadas” em resposta a tal decisão.
A pressão ucraniana para obter uma autorização para o uso desses mísseis é crescente. Entre as opções estão o sistema Storm Shadow, um míssil de longo alcance desenvolvido pelo Reino Unido e pela França, com capacidade de atingir alvos a até 250 km de distância, e os mísseis ATACMS dos Estados Unidos, com um alcance de aproximadamente 300 km, capazes de atingir várias bases militares russas a partir da fronteira.
Atualmente, os mísseis já estão em posse da Ucrânia, mas Reino Unido e Estados Unidos restringiram seu uso apenas contra alvos dentro da Ucrânia. A situação se tornou ainda mais tensa com a recente expulsão de seis diplomatas britânicos pela Rússia, sob a acusação de espionagem. O Ministério do Exterior do Reino Unido qualificou as acusações como infundadas e ridículas.
O episódio ocorre no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, chegou a Washington para se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden. Na pauta da reunião, está a discussão sobre o fornecimento e o uso de mísseis de longo alcance no contexto do conflito na Ucrânia.