Quase 18 milhões de americanos já votaram antecipadamente ou por correio nas eleições dos EUA

Com a eleição marcada oficialmente para 5 de novembro, 17,8 milhões de americanos já votaram antecipadamente ou por correio, segundo monitoramento da Universidade da Flórida. O número é pouco mais da metade do registrado no mesmo período em 2020, quando a pandemia de Covid-19 impulsionou um volume recorde de votos antecipados, mas ainda assim reflete um engajamento significativo.

Uma mudança perceptível neste ciclo eleitoral é o aumento da participação de eleitores republicanos na votação antecipada, o que vem diminuindo a vantagem que os democratas costumavam ter nesse formato de votação. Embora os votos não possam ser contados antes do encerramento da eleição no dia 5 de novembro, os dados de filiação partidária em muitos estados permitem uma análise das tendências eleitorais.

Nos estados onde é possível identificar a filiação partidária dos eleitores (cobrindo 9,1 milhões dos 17,8 milhões de votos já recebidos), 44,8% dos eleitores que já votaram são democratas, enquanto 33,5% são republicanos. O restante, 21,8%, são eleitores sem filiação ou afiliados a outros partidos.

As campanhas de Kamala Harris e Donald Trump estão acompanhando de perto esses dados, utilizando-os para ajustar suas estratégias e motivar ainda mais seus eleitores a comparecerem às urnas. Em uma eleição acirrada e com poucos eleitores indecisos, garantir a maior participação possível é essencial.

Votação nos estados decisivos

A votação antecipada já começou nos sete estados decisivos para o resultado deste ano. Na Pensilvânia, um dos estados mais importantes na disputa, quase 1 milhão de pessoas já votaram, sendo 63% democratas. No Wisconsin, 326 mil votos foram registrados, e em Michigan, 1 milhão, mas sem dados de filiação partidária.

No Cinturão do Sol, os republicanos têm se saído melhor no Arizona, onde 43% dos 400 mil votos antecipados foram de eleitores republicanos. Em Nevada, a disputa está acirrada, com os republicanos representando 37% dos eleitores que já votaram, contra 38,4% de democratas, de um total de 187 mil votos.

Na Geórgia e na Carolina do Norte, que enfrentaram desafios como os estragos do furacão Helene, a participação antecipada surpreendeu. Ambos os estados registraram recorde de votos, superando até mesmo 2020. Na Geórgia, 1,7 milhão de eleitores já votaram, enquanto na Carolina do Norte, 1,4 milhão já participaram, com 35% sendo democratas e 33,6% republicanos.

Estratégias de campanha

As campanhas de ambos os lados têm investido em esforços para incentivar seus eleitores. A campanha de Donald Trump, por exemplo, organizou uma turnê de ônibus pela Pensilvânia, que contará com a participação de figuras proeminentes como a senadora Joni Ernst e o deputado Byron Donalds.

Os democratas, por sua vez, estão aproveitando a popularidade da turnê Eras Tour de Taylor Swift, que recentemente endossou Kamala Harris, para atrair eleitores jovens. A campanha lançou propagandas direcionadas aos “swifties” no aplicativo Snapchat e em estados decisivos, como a Flórida, onde a turnê teve início.

Com 246 milhões de americanos elegíveis para votar, de acordo com o Pew Research Center, a participação nas eleições não é obrigatória nos Estados Unidos, o que torna a mobilização de eleitores uma prioridade crucial para ambas as campanhas.

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