Relatório da Câmara dos EUA Indica Falhas de Segurança em Tentativa de Assassinato de Trump

Um relatório divulgado por um comitê bipartidário da Câmara dos Deputados dos EUA concluiu que a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump, ocorrida em um comício na Pensilvânia em julho, era “evitável e não deveria ter acontecido”. O documento, revelado nesta segunda-feira (21), destaca “falhas impressionantes de segurança” e deficiências na comunicação entre as autoridades envolvidas.

No dia 13 de julho, durante um comício em Butler, Trump foi atingido na orelha por um tiro de um fuzil AR-15 disparado por Thomas Matthew Crooks, um participante do evento. A ação resultou na morte de um espectador e ferimentos em outros dois. O relatório aponta que as forças de segurança federais, estaduais e locais tiveram várias oportunidades para interceptar Crooks antes do ataque, mas falharam em agir.

As investigações indicam que, à medida que o comportamento de Crooks se tornava cada vez mais suspeito, “as linhas fragmentadas de comunicação permitiram que ele escapasse da aplicação da lei”, levando-o a subir em um telhado sem proteção, de onde disparou contra Trump. Os legisladores questionaram a falta de coordenação e comunicação efetiva entre o Serviço Secreto e a polícia local, atribuindo a maior parte da culpa ao Serviço Secreto.

O Serviço Secreto, que é responsável pela proteção dos líderes do país, reconheceu as falhas. A então diretora da agência já havia classificado o atentado como “a maior falha de segurança mais significativa em décadas”. O relatório detalha que informações críticas não foram transmitidas adequadamente, resultando em uma resposta inadequada e em uma falta de consciência situacional entre os agentes de segurança.

Além disso, o documento ressalta que o local do comício apresentava desafios de segurança conhecidos, mas mesmo assim não havia agentes posicionados em locais estratégicos, como no telhado, onde Crooks se posicionou antes de abrir fogo. O Serviço Secreto admitiu que houve falhas na comunicação, com informações vitais sendo repassadas de maneira fragmentada por dispositivos móveis em vez de por meio das frequências de rádio da agência.

Após ser atingido, Trump foi rapidamente retirado do local e levado ao hospital. Ele relatou a experiência em suas redes sociais, descrevendo o momento em que percebeu que havia sido atingido. “Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”, escreveu.

O relatório chega em um momento crítico, especialmente após uma nova tentativa de assassinato contra Trump enquanto jogava golfe na Flórida, reforçando a necessidade de uma revisão nas práticas de segurança que envolvem a proteção de figuras políticas.

Com a pressão sobre o Serviço Secreto em alta, o documento serve como um alerta sobre a necessidade de melhorar a coordenação e a comunicação entre as várias agências de segurança para evitar que tragédias semelhantes se repitam.

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