A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear a rede social X no Brasil gerou uma forte reação entre políticos republicanos nos Estados Unidos. A suspensão da plataforma, determinada na sexta-feira (30) e aplicada na madrugada de sábado (31), foi amplamente criticada por figuras influentes do partido, que expressaram suas preocupações e críticas através das redes sociais.
Donald Trump Jr., filho do ex-presidente Donald Trump e um dos seus principais conselheiros políticos, manifestou-se em seu perfil no X sobre os potenciais impactos econômicos da decisão no Brasil, incluindo o risco de fuga de capitais. “Então estamos claros… Este é o caminho para o qual os democratas querem levar a América. Uma vez que se foi, não há como voltar”, escreveu Trump Jr., em uma publicação obtida pela CNN através de seus correspondentes internacionais.
George Santos, ex-deputado republicano filho de brasileiros, também reagiu ao bloqueio do X, classificando a situação como “um crime humanitário”. Santos, que recentemente se declarou culpado em um caso criminal que resultou na cassação de seu mandato, foi além, sugerindo uma série de medidas que os Estados Unidos deveriam adotar em resposta à decisão de Moraes. Entre as propostas, Santos mencionou a imposição de sanções, restrições a diplomatas brasileiros, suspensão do visto de Alexandre de Moraes, e até o término de todas as relações diplomáticas com o Brasil até que o juiz seja afastado.
O senador republicano por Utah, Mike Lee, foi uma das vozes mais ativas sobre o assunto, comparando a situação atual com o poder de proteção que Roma oferecia aos seus cidadãos durante o auge do Império Romano. “O Brasil mexeu muito com uma empresa dos EUA — por motivos realmente mesquinhos. Não podemos ignorar isso”, afirmou Lee em uma das várias publicações que fez sobre o tema. Ele também pediu o engajamento de seus seguidores para que compartilhassem sua opinião de que o Brasil deve enfrentar consequências pela decisão de bloquear a rede social X e apreender ativos americanos.