Rússia intercepta mísseis dos EUA e promete retaliação contra Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou neste sábado (4) que interceptou mísseis ATACMS, de fabricação americana, que foram disparados pela Ucrânia em direção à região de Belgorod. Segundo o comunicado, o ataque ocorreu em 3 de janeiro e foi frustrado pelos sistemas de defesa antiaérea russos S-400 e Pantsir-SM.

“Durante a batalha antimísseis, todos os mísseis ATACMS foram abatidos por equipes de combate do sistema de mísseis antiaéreos S-400 e do sistema de mísseis e armas antiaéreos Pantsir-SM”, informou o Ministério da Defesa em nota oficial.

Resposta prometida

Após o incidente, o governo de Vladimir Putin afirmou que adotará “medidas de resposta” contra a Ucrânia. O Kremlin considerou a ação ucraniana, que utilizou armamento fornecido pelos Estados Unidos, uma escalada no conflito e um indicativo da participação direta de países ocidentais na guerra.

O sinal verde dado por algumas nações ocidentais para que a Ucrânia utilize armas de longo alcance em ataques ao território russo intensificou as tensões. Moscou tem reiterado que considera esses movimentos uma ameaça à sua segurança nacional e promete retaliações proporcionais.

O míssil hipersônico Oreshnik

Em meio ao prolongamento do conflito, que já dura mais de dois anos, a Rússia vem investindo em tecnologia militar de ponta. Em novembro de 2024, apresentou ao mundo o míssil hipersônico Oreshnik, uma arma de médio alcance capaz de transportar e liberar ogivas após entrar na atmosfera. O design do Oreshnik dificulta a interceptação por sistemas de defesa aérea, o que o torna um componente estratégico para o arsenal militar russo.

Impacto na guerra e no cenário internacional

O episódio marca mais um capítulo de escalada nas hostilidades entre Rússia e Ucrânia, com a crescente participação indireta de países ocidentais ao fornecerem armamento avançado para Kiev. O uso dos mísseis ATACMS, conhecidos por sua precisão e longo alcance, representa um aumento significativo na capacidade ofensiva da Ucrânia.

Enquanto a Rússia promete medidas de retaliação, especialistas alertam para o risco de agravamento do conflito e um possível aumento na intervenção de potências globais. A situação continua sendo monitorada de perto pela comunidade internacional.

Relacionadas

Últimas notícias