Secretário de Comércio dos EUA Revela Venda de “Gold Cards” de Imigração por 5 Milhões de Dólares Cada

Em uma entrevista ao podcast “All In” no dia 20 de março de 2025, o Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, causou surpresa ao revelar que havia vendido mil “Gold Cards” de imigração por 5 milhões de dólares cada, totalizando 5 bilhões de dólares em apenas uma semana. “E, a propósito, ontem vendi mil”, afirmou Lutnick durante a conversa, sem fornecer confirmações oficiais além de sua própria declaração como representante do governo de Donald Trump.

A revelação veio no contexto de uma importante reformulação no processo de obtenção da cidadania norte-americana, iniciada em 25 de fevereiro de 2025, após o retorno de Trump ao poder. O programa de vistos para investidores EB-5 foi substituído por uma nova modalidade de imigração: o “Gold Card”. Este novo programa permite que, mediante o pagamento de milhões de dólares, estrangeiros adquiram residência permanente nos Estados Unidos, com a possibilidade de cidadania futura. Os “Gold Cards” oferecem os mesmos privilégios do tradicional “green card”, mas com benefícios adicionais e um custo de 5 milhões de dólares por unidade.

Apesar do impacto que a iniciativa gerou, detalhes sobre o programa ainda são escassos, e o governo dos Estados Unidos ainda não forneceu informações oficiais mais completas. A novidade foi apresentada por Lutnick como uma solução inovadora para questões fiscais e financeiras do país, além de uma alternativa mais flexível ao modelo de imigração anterior.

Origem do Programa e Desenvolvimento

De acordo com Lutnick, a ideia para o “Gold Card” surgiu de uma conversa entre o empresário John Paulson e o ex-presidente Donald Trump. Juntos, discutiram a possibilidade de vender vistos como uma forma de arrecadar recursos para o país. Lutnick assumiu a responsabilidade pela implementação do programa, explicando que a equipe de Elon Musk está desenvolvendo o software necessário para a gestão do sistema, com o lançamento previsto para duas semanas após a declaração.

O Secretário de Comércio também detalhou que o “Gold Card” não exige a cidadania americana para aqueles que o adquirirem, o que poderia ser um atrativo para aqueles que desejam evitar a tributação global imposta pela cidadania americana. No entanto, Lutnick sugeriu que poucos imigrantes escolheriam essa opção, preferindo se tornar cidadãos plenos dos Estados Unidos.

Implicações Econômicas e Estratégia para a Dívida Nacional

Além de ser uma alternativa ao modelo tradicional de imigração, o “Gold Card” também foi posicionado como uma estratégia para lidar com a crescente dívida nacional dos Estados Unidos. Lutnick mencionou que a venda de 200 mil “Gold Cards” poderia gerar até 1 trilhão de dólares para o país. Em previsões mais otimistas, Trump projeta que a venda de 1 milhão de unidades arrecadaria 5 trilhões de dólares (aproximadamente 28,66 trilhões de reais), enquanto a venda de 10 milhões de “Gold Cards” poderia alcançar a impressionante cifra de 50 trilhões de dólares (286,57 trilhões de reais).

Esses valores, de acordo com o governo, poderiam ajudar a reduzir o déficit orçamentário do país e financiar outras iniciativas de infraestrutura e desenvolvimento econômico. No entanto, a implementação de tal programa também levanta questões sobre os impactos sociais, econômicos e políticos dessa nova abordagem à imigração.

Reações e Controvérsias

O programa do “Gold Card” já gerou um intenso debate nos Estados Unidos. Críticos apontam que a venda de vistos de imigração a preços tão elevados poderia beneficiar apenas os mais ricos, tornando o acesso à cidadania americana um privilégio de elite. Por outro lado, defensores do programa acreditam que ele pode ser uma maneira eficiente de gerar receitas para o país, além de atrair investimentos significativos.

Enquanto os detalhes do programa continuam a ser desenvolvidos, a proposta de Lutnick e Trump promete moldar o futuro da imigração nos Estados Unidos e gerar discussões sobre o impacto dessa nova política nas relações internacionais e na economia global.

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