Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago iniciaram a semana em território negativo. Por volta das 7h40 (horário de Brasília) desta segunda-feira (6), os preços registravam quedas entre 4,75 e 6,50 pontos, com o contrato para maio cotado a US$ 11,97 – prestes a sair da tela -, enquanto os contratos para julho e agosto eram negociados a US$ 12,09 por bushel.

De acordo com o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, o mercado volta a sentir a pressão do avanço da nova safra dos EUA, após as altas incomuns registradas na semana anterior.

“A alta observada ao longo da última semana na CBOT pode ser considerada um evento pontual, longe de representar uma tendência ou mudança de comportamento do mercado, devido à oferta ou demanda”, afirma Sousa. “O foco principal neste momento é o clima nos EUA, que até o momento não representa ameaça significativa para as safras que estão sendo rapidamente plantadas no Corn Belt”.

O final de semana foi marcado por chuvas localizadas no Meio-Oeste americano, sem grandes complicações para os trabalhos de campo. Os números atualizados do progresso da semeadura 2024/25 serão divulgados no final da tarde de hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim semanal de acompanhamento das safras será publicado às 17h (horário de Brasília).

Sousa acrescenta que a China está retomando as atividades após um feriado, e “espera-se que possa dar sinais de vida para a demanda, que tem sido, até certo ponto, ausente nos últimos tempos”.

Este cenário reflete um momento de cautela no mercado da soja, à medida que os participantes acompanham de perto os desenvolvimentos climáticos nos EUA e os padrões de demanda, especialmente da China, um dos maiores consumidores mundiais deste produto agrícola.

Fonte: Notícias Agrícolas