Suspeito de Matar CEO em Nova York Usou “Arma Fantasma” Produzida por Impressora 3D, Afirma Polícia

A Polícia de Nova York revelou nesta segunda-feira (9) que o suspeito de assassinar o CEO da Healthcare, Brian Thompson, no início deste mês, usou uma chamada “arma fantasma” – uma pistola sem número de série, possivelmente fabricada por uma impressora 3D. O crime, que ocorreu no dia 4 de dezembro em frente a um hotel de luxo de Nova York, chocou a cidade e desencadeou uma vasta operação de busca para capturar o atirador, que conseguiu fugir logo após o assassinato.

O Crime

Brian Thompson, de 50 anos, foi baleado várias vezes enquanto caminhava em frente ao hotel de luxo em Manhattan, em pleno centro de Nova York. O atirador, que agiu rapidamente e de forma eficiente, conseguiu escapar do local, dando início a uma intensa busca policial. As autoridades foram rapidamente acionadas e, após dias de investigações, o principal suspeito foi identificado como Luigi Mangione, detido na cidade de Altoona, na Pensilvânia, a mais de 350 km de Nova York.

A Arma Fantasma

Em coletiva de imprensa, o chefe dos detetives de Nova York, Joseph Kenny, afirmou que a arma usada no assassinato de Thompson era provavelmente uma arma fantasma – um termo usado para descrever armas de fogo fabricadas de forma caseira, sem registro oficial ou número de série, o que torna seu rastreamento quase impossível. “Pelo que sabemos até agora, a arma parece ter sido produzida em uma impressora 3D e é capaz de disparar uma bala de 9 mm”, explicou Kenny.

De acordo com as investigações, a pistola usada no crime não tem número de série, o que dificulta as tentativas de rastrear sua origem e identificar como o suspeito obteve a arma. A suspeita de que a pistola tenha sido fabricada de forma caseira levanta questões sobre a crescente preocupação com a produção clandestina de armas por meio de impressoras 3D, que têm se tornado cada vez mais acessíveis.

Prisão de Mangione

Luigi Mangione, de 31 anos, foi encontrado e detido enquanto estava em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia. Além da arma, os policiais apreenderam documentos de identidade falsificados e roupas que eram semelhantes às usadas pelo atirador, incluindo uma máscara facial. As autoridades também descobriram que um dos documentos falsos havia sido utilizado por Mangione para fazer check-in em um hostel em Nova York antes do crime.

A prisão de Mangione foi resultado de uma grande operação coordenada pela polícia de Nova York, que usou helicópteros, cães farejadores e câmeras de vigilância para localizar o suspeito. Uma testemunha que reconheceu Mangione a partir de uma descrição forneceu a informação crucial que levou à sua detenção.

Motivações do Crime

Além das evidências físicas, a polícia encontrou um documento com três páginas em posse de Mangione, que parecia conter escritos sobre sua aversão a empresas americanas e suas opiniões sobre o sistema corporativo. Essa descoberta levanta a hipótese de que o crime tenha sido premeditado, possivelmente motivado por razões ideológicas, embora a motivação exata ainda esteja sendo investigada.

Mangione, nascido em Maryland, tem um histórico de passagens pela Pensilvânia e Califórnia, onde estudou, além de ter residido recentemente no Havaí. A polícia acredita que ele agiu sozinho, mas investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime e possíveis conexões.

Armas Fantasmas: Um Crescente Desafio para a Segurança Pública

O caso de Mangione e sua arma fantasma traz à tona uma crescente preocupação com o uso de impressoras 3D na fabricação clandestina de armas. Em seu pronunciamento, o prefeito de Nova York, Eric Adams, ressaltou a necessidade de políticas mais rigorosas a nível federal para controlar o acesso a esse tipo de armamento. “A produção e o uso de armas fantasmas representam uma ameaça real à segurança pública. Precisamos de uma resposta mais eficaz no nível nacional para evitar que pessoas com intenções malignas tenham acesso fácil a essas armas”, afirmou Adams.

Armas feitas em impressoras 3D têm ganhado notoriedade nos Estados Unidos, especialmente entre criminosos que buscam evitar a rastreabilidade e a regulamentação rígida das armas convencionais. Por serem produzidas sem números de série e sem registros legais, essas armas representam um desafio adicional para as autoridades de segurança pública.

O Futuro das Investigações

As investigações sobre o assassinato de Brian Thompson ainda estão em andamento, com a polícia tentando esclarecer todos os motivos por trás do ataque. Enquanto isso, a prisão de Luigi Mangione traz uma sensação de alívio para a cidade de Nova York, que vinha lidando com a tensão e o medo de um crime violento em plena luz do dia.

O caso também levanta um debate mais amplo sobre a segurança das armas de fogo nos Estados Unidos, especialmente no contexto do aumento da fabricação de armas caseiras e da dificuldade das autoridades em lidar com esse tipo de ameaça. As investigações continuam, e as autoridades prometem intensificar os esforços para evitar que casos como este se repitam no futuro.

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