Lake Worth, 13 de maio de 2025 — A recente trégua tarifária firmada entre os Estados Unidos e a China levou importantes instituições financeiras a revisarem para baixo as chances de uma recessão na economia norte-americana. O acordo, anunciado na última segunda-feira (12), prevê a redução mútua de tarifas por um período de 90 dias: os EUA diminuíram suas taxas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduziu tarifas sobre importações americanas de 125% para 10%.
A resposta do mercado foi imediata. O Goldman Sachs reduziu sua previsão de recessão para os EUA de 45% para 35% e elevou sua expectativa de crescimento do PIB em 2025 para 1%, um aumento de 0,5 ponto percentual. O Barclays, por sua vez, descartou completamente a possibilidade de recessão no país, e o J.P. Morgan passou a considerar a probabilidade de retração econômica como inferior a 50%.
Além disso, as instituições ajustaram suas projeções em relação à política monetária. O Goldman Sachs prevê agora três cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, com início em dezembro deste ano, seguido por reduções em março e junho de 2026. A justificativa para os cortes, segundo a instituição, passa de uma medida de segurança para uma estratégia de normalização, refletindo um cenário de crescimento levemente mais sólido e uma taxa de desemprego que se mantém estável.
O Barclays e o J.P. Morgan também ajustaram suas expectativas, prevendo um único corte de juros em dezembro, alinhando-se à nova perspectiva do Goldman Sachs. A trégua temporária entre as duas maiores economias do mundo tem sido vista como um alívio para as tensões comerciais globais, contribuindo para a melhora na confiança do mercado e nas perspectivas econômicas para os próximos trimestres.