O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu com veemência no último domingo (25/5) ao maior ataque aéreo lançado pela Rússia contra a Ucrânia desde o início da invasão em 2022. Moscou disparou 367 drones e mísseis em uma única noite, deixando pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos. A ofensiva gerou condenações internacionais e intensificou os apelos por sanções mais severas contra o governo russo.
Em declarações à imprensa em Nova Jersey e posteriormente em sua rede Truth Social, Trump criticou duramente o presidente russo, Vladimir Putin, chamando-o de “completamente louco”. “O que diabos aconteceu com ele? Ele está matando muita gente”, disse o presidente norte-americano. Trump afirmou ainda que sempre teve uma relação funcional com Putin, mas não aprova as ações recentes do líder russo: “Ele está lançando foguetes em cidades e matando pessoas, e eu não gosto disso nem um pouco”.
A escalada da violência russa gerou críticas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que cobrou de Washington uma resposta mais firme. Segundo ele, o silêncio da Casa Branca estaria encorajando Putin. Em resposta, Trump reforçou que sanções continuam sendo avaliadas, mas reiterou que os Estados Unidos estão empenhados em promover uma solução diplomática. Ainda assim, não poupou críticas ao presidente ucraniano, sugerindo que Zelensky “não está ajudando” e deveria “moderar o tom” para facilitar as negociações.
Na semana passada, Trump e Putin mantiveram uma conversa telefônica de cerca de duas horas, durante a qual discutiram uma proposta de cessar-fogo liderada pelos Estados Unidos. Segundo Trump, a conversa foi “produtiva” e poderá levar à retomada de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. O governo ucraniano declarou estar disposto a aceitar uma trégua de 30 dias, enquanto o Kremlin afirmou que colaborará na elaboração de um memorando sobre “uma possível paz futura”.
As primeiras tratativas formais entre Rússia e Ucrânia desde 2022 ocorreram em 16 de maio, em Istambul, na Turquia. No entanto, analistas apontam que os avanços continuam limitados, com poucos resultados concretos além de uma recente troca de prisioneiros. A Rússia ainda mantém o controle de cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.
Enquanto os aliados europeus de Kiev preparam novas sanções, o governo Trump afirma que continuará tentando mediar uma solução negociada, mas alertou que poderá abandonar o processo caso não haja progresso tangível.