Na madrugada desta quarta-feira (6), Donald Trump se declarou vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos em discurso para apoiadores na Flórida. Com 267 dos 270 delegados necessários, a vitória foi oficializada às 7h35 (horário de Brasília) com um total de 277 delegados do Colégio Eleitoral. Em tom de celebração, Trump prometeu uma “era de ouro” para o país, anunciando o fechamento das fronteiras e compromissos para fortalecer a economia.
Subindo ao palco de um resort de luxo em Palm Beach acompanhado pela família e pelo vice-presidente eleito, J.D. Vance, Trump discursou em prol de uma “América segura e próspera”. “Essa será a era de ouro da América. Não descansarei até devolver ao país a segurança e a prosperidade que merecemos”, declarou o republicano, que garantiu ter recebido um “mandato poderoso e sem precedentes”.
Triunfo nos estados-pêndulo
A vitória de Trump surpreendeu ao assegurar apoio em quatro dos sete estados-pêndulo – territórios onde o voto é historicamente imprevisível. Ele superou a candidata democrata Kamala Harris tanto no Colégio Eleitoral quanto no voto popular, contrariando as pesquisas eleitorais. As projeções indicam que o republicano também poderá vencer nos estados de Nevada, Arizona e Michigan, ampliando sua margem. Com o mapa eleitoral tingido de vermelho, o Partido Republicano também retomou a maioria no Senado e aparecia à frente na disputa pela Câmara dos Representantes.
Prioridade na segurança e controle da imigração
Durante seu discurso, Trump reforçou seu compromisso com uma política de imigração rigorosa, com o fechamento das fronteiras como uma de suas principais promessas. “O fechamento das fronteiras será essencial. Precisamos que a imigração seja legal e ordenada”, afirmou, referindo-se à questão como uma das principais medidas para fortalecer a segurança nacional.
Trump reiterou seu desejo de executar a maior deportação em massa da história dos EUA, enfatizando que o controle da imigração é crucial para conter a criminalidade. Nos últimos meses, o republicano relacionou a imigração ilegal a um aumento na criminalidade, prometendo “não descansar até devolver a América segura que merecemos”.
União e compromisso com o crescimento econômico
Com o slogan “Promessas feitas serão cumpridas”, Trump comprometeu-se a restaurar a economia americana. Entre as promessas, ele destacou cortes de impostos e uma redução do déficit público. Além disso, o presidente eleito acenou à união nacional, convocando cidadãos de todos os segmentos sociais – incluindo afroamericanos, hispânicos e árabes – para se unirem ao seu governo.
“A vitória de hoje reflete o apoio de jovens, idosos, urbanos, rurais. Todos estão juntos conosco. É hora de unirmos o país. O sucesso nos unirá”, declarou Trump, mencionando ainda as tentativas de assassinato sofridas durante a campanha. Segundo ele, “Deus salvou minha vida para que eu pudesse restaurar a grandeza dos Estados Unidos”.
Agradecimentos a J.D. Vance e Elon Musk
Ao lado do vice-presidente eleito J.D. Vance, Trump reconheceu o papel fundamental de sua equipe de campanha e do empresário Elon Musk. Vance agradeceu a oportunidade e afirmou que, sob a liderança de Trump, os EUA vivenciarão “a maior virada econômica” de sua história.
Musk, por sua vez, foi descrito como um “supergênio” e “visionário” por Trump, que enalteceu as inovações do bilionário nas áreas espacial e tecnológica. Musk se destacou como um dos maiores apoiadores da campanha republicana, promovendo ações que incentivaram a participação eleitoral.
Próximos passos: desafios e expectativas
Com o retorno ao poder, Donald Trump promete liderar uma transformação profunda na política e na economia dos EUA, com foco na segurança, no protecionismo econômico e na união dos cidadãos americanos. O governo republicano, com o controle do Senado e potencial liderança na Câmara dos Representantes, terá agora a tarefa de cumprir as promessas e consolidar a “era de ouro” anunciada por Trump. Enquanto isso, a expectativa é de que a adversária democrata Kamala Harris se pronuncie ainda hoje sobre o resultado.