O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (13) que confia no líder russo, Vladimir Putin, em relação à guerra na Ucrânia. Durante entrevista coletiva na Casa Branca, Trump também defendeu o retorno da Rússia ao G7, afirmando que a exclusão do país do grupo foi um erro.
Trump conversou com Putin por telefone na quarta-feira (12), discutindo diversos temas, incluindo o conflito na Ucrânia. Segundo o presidente norte-americano, tanto o governo russo quanto o ucraniano estariam dispostos a negociar um acordo de paz. Ele garantiu que a Ucrânia participará ativamente das negociações pelo fim da guerra.
No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou a possibilidade de um acordo sem sua participação. “Hoje é importante que tudo não ocorra de acordo com o plano de Putin, no qual ele quer fazer de tudo para que suas negociações sejam bilaterais [com os EUA]”, declarou Zelensky.
Especialistas europeus demonstraram preocupação com possíveis concessões à Rússia, como a entrega de territórios ucranianos. Segundo analistas militares, um acordo de paz sem a participação da Europa poderia comprometer a segurança do continente e enfraquecer a posição da Ucrânia.
Durante a coletiva, Trump também criticou a decisão de 2014 que expulsou a Rússia do então G8, após a anexação da Crimeia. Desde então, o grupo passou a ser chamado de G7, reunindo Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália. “A Rússia deveria voltar ao G7, pois temos que dialogar com todas as grandes potências”, afirmou Trump.
A posição do presidente dos EUA gerou reações mistas na comunidade internacional. Enquanto alguns aliados consideram a reaproximação com Moscou uma estratégia diplomática, outros alertam para os riscos de legitimar as ações do Kremlin na Ucrânia. A postura de Trump poderá influenciar as negociações futuras e o equilíbrio de forças no cenário global.