Após o ex-coach brasileiro Pablo Marçal divulgar que havia recebido uma carta de apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a equipe de campanha do republicano desmentiu qualquer envolvimento. Segundo o conselheiro sênior de Trump, Jason Miller, a organização “Place America First”, que enviou a correspondência a Marçal, não faz parte da campanha oficial do ex-presidente.
O episódio começou quando Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo, afirmou ter recebido uma carta de Trump lamentando o incidente em que foi atingido por uma cadeira durante um evento. No entanto, a carta divulgada por Marçal não foi assinada por Trump ou qualquer integrante de sua campanha oficial, mas por Bethany Movassaghi, uma integrante da associação “Place America First”, que se define como uma fã dedicada do ex-presidente e membro do grupo “Trumpettes USA”.
Em resposta ao ocorrido, Jason Miller declarou à imprensa: “Nunca ouvi falar da organização ‘Place America First’. Isso não faz parte da campanha do presidente Trump”. A negação veio após apoiadores de Marçal acreditarem que a carta estava vinculada diretamente à campanha de Trump, dado que o nome do grupo remetia ao slogan “Make America Great Again” utilizado pelo ex-presidente.
Bethany Movassaghi, que enviou a carta a Marçal, se descreve em um site de apoiadores de Trump como uma democrata convertida e fã fiel do ex-presidente há mais de 25 anos. No documento, ela agradecia ao ex-coach pelo interesse em contribuir financeiramente para a candidatura de Trump. No entanto, foi revelado que qualquer doação de Marçal não seria destinada à campanha oficial de Trump, mas a essa associação de apoiadores.
Apesar da controvérsia, Pablo Marçal seguiu comentando o episódio em suas redes e em entrevistas. Durante o debate no podcast Flow, Marçal afirmou que tinha planos de encontrar Donald Trump pessoalmente nos Estados Unidos. Ele mencionou que já teria respondido à carta, agradecendo pela “preocupação” e reforçando o desejo de “mudar o mundo”, com Trump atuando nos Estados Unidos e ele, no Brasil.
A confusão gerou questionamentos sobre a origem das informações e a real ligação entre Marçal e a campanha de Donald Trump, além de levantar dúvidas sobre a transparência nas comunicações entre grupos de apoiadores e as campanhas políticas oficiais.