Nesta quinta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionou a colisão entre um avião comercial e um helicóptero militar, que resultou em mais de 60 mortes, a um suposto “impulso de diversidade” na Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês). Durante seu discurso, Trump citou manchetes antigas e questionou a política de contratação do órgão.
“Quero ressaltar que vários artigos apareceram antes de eu assumir o cargo. E aqui está um, o impulso de diversidade da FAA inclui foco na contratação de pessoas com deficiências intelectuais e psiquiátricas graves. Isso é inacreditável”, declarou Trump. Ele sugeriu que essas contratações poderiam comprometer a segurança da aviação, afirmando que “pessoas brilhantes precisam estar nessas posições” devido à complexidade e ao alto nível de estresse da profissão.
Ao ser questionado por repórteres sobre a relação entre as políticas da FAA e o acidente, Trump respondeu: “simplesmente poderia ter sido”. Ele reforçou que seu governo mantinha “os mais altos padrões” para a aviação, criticando a administração de Barack Obama por supostamente reduzir esses padrões.
Minutos antes, Trump defendeu a necessidade de seleção rigorosa para os controladores de tráfego aéreo, afirmando que, sob sua gestão, as exigências eram mais altas e que o governo de Joe Biden teria revertido essas medidas, reduzindo novamente os critérios de admissão. “Quando cheguei em 2016, fiz essa mudança muito cedo, porque sempre senti que esse era um trabalho que exigia inteligência superior. Biden os mudou de volta para mais baixos do que nunca”, afirmou o ex-presidente.
A CNN entrou em contato com a Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, que ainda não se pronunciou sobre as declarações de Trump. O chefe do sindicato, porém, afirmou que ainda é cedo para especular sobre a causa da colisão.