Trump pode não deportar príncipe Harry em gesto de ‘boa vontade’ ao rei Charles, aponta especialista

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pode adotar uma postura surpreendentemente branda em relação à permanência do príncipe Harry no país. Segundo especialistas, o republicano estaria disposto a ignorar questões legais envolvendo o duque de Sussex como um “gesto de boa vontade” ao rei Charles III, pai do monarca britânico.

A informação foi destacada pelo jornal The Times of India, com base na análise de Michael Wildes, advogado com experiência em imigração e que já trabalhou com a família Trump. Para Wildes, a escolha estratégica reforçaria os laços entre os EUA e o Reino Unido. “Trump pode permitir que Harry fique nos Estados Unidos, como um gesto simbólico de aproximação com o rei Charles. Ele possui poder para perdoar o príncipe por eventuais infrações relacionadas à imigração”, afirmou o advogado.

A questão sobre a permanência de Harry nos Estados Unidos ganhou força após declarações polêmicas feitas pelo próprio príncipe em sua autobiografia O que sobra, publicada em 2023. No livro, ele admitiu ter feito uso de drogas em diferentes momentos de sua vida, levantando dúvidas sobre a veracidade das informações fornecidas em seu pedido de visto.

Organizações como a The Heritage Foundation, um think tank conservador baseado em Washington, pressionaram os tribunais para que detalhes sobre o processo de imigração de Harry fossem divulgados. Segundo Nile Gardiner, diretor do Margaret Thatcher Center for Freedom, a gestão de Trump será rigorosa em temas migratórios, mas o caso específico do príncipe Harry pode ser tratado de forma excepcional.

“A proteção das fronteiras e a aplicação estrita das leis de imigração serão pilares fundamentais da nova administração Trump. No entanto, em situações diplomáticas sensíveis, como essa, pode haver espaço para decisões políticas estratégicas”, comentou Gardiner em entrevista ao canal britânico GB News.

Apesar do histórico de tensões entre Trump e Harry, acentuado por críticas públicas do duque à política do republicano, a decisão de permitir sua permanência seria um aceno direto ao rei Charles III. A medida reforçaria a relação entre os dois países, especialmente diante do contexto político global.

Harry vive na Califórnia com sua esposa, Meghan Markle, desde 2020, e sua permanência nos EUA tem sido alvo de escrutínio desde a revelação de suas experiências com drogas. Trump já havia sugerido, no passado, que tomaria “medidas apropriadas” caso fosse provado que o príncipe mentiu durante o processo de solicitação de residência.

No entanto, com a possibilidade de um gesto diplomático em nome de Charles, a situação pode tomar um rumo inesperado, consolidando uma narrativa de cooperação entre o novo governo americano e a monarquia britânica.

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