O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou neste domingo (8) suas promessas de campanha anti-imigração, declarando que planeja deportar todos os imigrantes ilegais do país ao longo de seu mandato, que começa em janeiro de 2025.
Em entrevista à rede de TV NBC, a primeira desde sua vitória na eleição, Trump também revelou sua intenção de acabar com o direito à cidadania norte-americana por nascimento, mas indicou estar aberto a negociações sobre a situação dos “dreamers”, jovens que entraram ilegalmente no país acompanhados de seus pais.
Deportação em massa
Ao ser questionado sobre a deportação dos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais estimados nos EUA, Trump foi enfático:
— Eu acho que temos de fazer isso.
Apesar da declaração, o republicano não detalhou como pretende executar a medida em larga escala, nem como lidar com a necessidade de acordos diplomáticos para devolver os imigrantes a seus países de origem.
Fim da cidadania por nascimento
Trump afirmou que planeja acabar com o direito à cidadania por nascimento já no primeiro dia de seu governo. Hoje, qualquer criança nascida em solo americano é automaticamente cidadã, mesmo que seus pais sejam estrangeiros.
A proposta de revogar esse direito, garantido pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA, é vista por críticos como juridicamente controversa e provável de enfrentar desafios legais.
Sinal de negociação para os “dreamers”
Embora reafirme seu discurso rígido, Trump mostrou disposição para negociar a situação dos “dreamers”, jovens que entraram nos EUA ilegalmente com suas famílias. Durante seu primeiro mandato, o republicano buscou reverter proteções para este grupo, mas afirmou na entrevista que pode buscar um “acordo justo” para eles desta vez.
Apoio à Ucrânia será reduzido
Além das questões de imigração, Trump indicou que planeja reduzir a ajuda militar e financeira à Ucrânia. A declaração ocorre um dia após ele se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris. Trump, no entanto, revelou que ainda não entrou em contato com o presidente russo, Vladimir Putin.
Repercussões aguardadas
A entrevista completa será exibida pela NBC na noite deste domingo, e as declarações de Trump já estão gerando intensos debates. Críticos apontam os desafios legais e logísticos das promessas do presidente eleito, enquanto seus apoiadores destacam a continuidade de sua postura firme sobre imigração e prioridades externas.