Varejo robusto e queda no auxílio-desemprego destacam a resiliência da economia americana

A economia dos Estados Unidos segue surpreendendo. Apesar das preocupações de que as altas taxas de juros – as mais elevadas em duas décadas – pudessem provocar uma recessão, os dados mais recentes indicam que a maior economia do mundo mantém sua força. O consumo no varejo continua aquecido e os pedidos de auxílio-desemprego caíram significativamente na semana encerrada em 12 de outubro, demonstrando a resiliência do mercado de trabalho.

As vendas no varejo subiram 0,4% em setembro, superando as expectativas do mercado e elevando o volume total para US$ 714,4 bilhões. No acumulado do ano, o setor registra alta de 2,6%, mostrando que os consumidores americanos seguem impulsionando a economia. Em relação ao mesmo período de 2023, as vendas cresceram 1,7%, com destaque para o varejo online, que disparou 7,1%, e para os serviços de alimentação e bares, que avançaram 3,7%.

Esse desempenho robusto é reforçado pela queda no número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que recuaram em 19 mil solicitações na semana encerrada em 12 de outubro, somando 241 mil – abaixo da expectativa de 260 mil. Esses dados sugerem que, embora a criação de empregos tenha desacelerado, o número de demissões continua historicamente baixo, sustentando os salários e, consequentemente, o consumo.

Com a inflação desacelerando para 2,4% ao ano, perto da meta de 2%, o Federal Reserve (Fed) iniciou um processo de afrouxamento monetário, reduzindo a taxa de juros em 0,5 ponto percentual em sua última reunião. A expectativa é de que a próxima decisão do Fed traga um corte menor, de 0,25 ponto, ou até mesmo a manutenção da taxa atual.

Contudo, os números sólidos da economia exigem cautela do Fed para evitar novas pressões inflacionárias. O cenário atual sugere que os EUA estão a caminho de um “pouso suave”, quando a inflação desacelera sem provocar uma recessão – um resultado que muitos economistas consideram ideal.

Até o momento, o balanço entre o consumo aquecido e o controle da inflação tem sido gerido com sucesso, e a economia americana continua a se mostrar mais resistente do que o esperado diante de um cenário global de incertezas.

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